Oficina Educação em Foco “Gerenciamento das Relações”

Como você está gerenciando seus relacionamentos? Como você avalia a sua comunicação com as outras pessoas? Como você tem influenciado àqueles que estão a sua volta? E quando há conflitos, qual a sua postura?

Com essas perguntas iniciamos nossas reflexões acerca da dimensão/domínio da Inteligência Emocional (IE) denominada “Gerenciamentos das Relações”, também sendo chamada de Habilidades Sociais.

Diante dos questionamentos, os participantes expuseram como vem sendo sua conduta no convívio social e foi apontado que, normalmente, não gerenciamos nossos relacionamentos com lucidez, mas sim costumamos fazer praticamente tudo no modo automático, não valorizando o que cada pessoa, especificamente, traz à nossa vida.

Para trazer algumas risadas e comparar com os conflitos diários, foi apresentado o vídeo “For the Birds”, que pode ser assistido abaixo:

Após as analogias constatadas pelo grupo na análise do curta metragem, avançamos ainda mais no tema das Habilidades Sociais, dividindo os participantes em equipes, para debater o texto que segue:

Sigal Barsade, professor da Escola de Administração de Empresas da Universidade de Yale, fez uma demonstração científica espetacular de como as emoções que vão se espalhando através de um grupo podem causar um impacto sobre o desempenho. Foi formado um grupo de voluntários entre os alunos da Escola, devendo atuar como gerentes que estariam decidindo como distribuir as bonificações. Cada voluntário tinha duas metas: obter a maior bonificação possível para seu candidato e ajudar a comissão, como um grupo, a fazer o melhor uso do total dos recursos, considerando o interesse global da companhia.

O que não sabiam era que Barsade havia plantado alguém, entre eles, com instruções especiais. Sendo um ator profissional, esse gerente sempre saía na frente e sempre apresentava os mesmos argumentos. Porém, fazia isso cada vez em um dos quatro tons emocionais seguintes: com um entusiasmo alegre e exuberante, com uma cordialidade serena e descontraída, com uma indolência deprimida ou com uma irritabilidade hostil e desagradável. Seu verdadeiro papel era contaminar o grupo com um desses estados emocionais, como se estivesse espalhando um vírus entre vítimas desprevenidas.

As emoções efetivamente se espalharam como um vírus. Quando o ator argumentou com alegria e calor humano, esses sentimentos disseminaram-se pelo grupo, tornando as pessoas mais positivas à medida que a reunião avançava. Quando estava irritadiço, as pessoas mostraram-se mal-humoradas. (A depressão, por sua vez, espalhou-se pouco, talvez porque se manifeste por um retraimento social sutil, indicado, por exemplo, na escassez de troca de olhares, e por isso tem pouca repercussão.)

Os sentimentos bons se espalharam com mais vigor do que os ruins e seus efeitos foram extremamente benéficos, aumentando a cooperação, a equanimidade, a colaboração e o desempenho geral do grupo. A melhora observada foi maior do que apenas uma irradiação de sentimentos bons. Medições objetivas mostraram que os grupos ficaram mais eficazes, tornando-se nesse caso mais capazes de distribuir o dinheiro das bonificações de maneira equânime e de modo a trazer vantagens para a companhia.

A competência emocional exige capacidade de pilotar através das correntes emocionais subjacentes, que estão sempre em ação, em vez de se deixar ser tragado por elas. (Daniel Goleman, Trabalhando com a Inteligência Emocional).

A pesquisa científica debatida gerou profundas reflexões para o nosso cotidiano, especialmente no campo do Gerenciamento das nossas Relações, desde as mais íntimas, como as que ocorrem no lar, até as relações de trabalho e com a comunidade em que cada indivíduo está inserido.

Para corroborar com a discussão foi apresentado breve vídeo sobre Emoções, dando-se ênfase quanto ao trecho que aborda uma pesquisa sobre Imitação Emocional.

Disponibilizamos o vídeo a seguir:

Para finalizar o estudo sobre tema tão profundo e fundamental para termos uma vida em sociedade saudável, adentramos na análise das Competências Emocionais da Dimensão/Domínio Habilidades Sociais/Gerenciamento das Relações, senão vejamos:

  • Influência: Aplicar táticas eficazes de persuasão
  • Comunicação: Enviar mensagens claras e convincentes
  • Gerenciamento de conflito: Negociar e resolver desacordos
  • Liderança: Inspirar e guiar
  • Catalisador de mudanças: Iniciar, promover ou gerenciar mudanças

Distribuiu-se entre as equipes um texto que retrata as características das pessoas que têm essas Competências (Habilidades Adquiridas) para gerar um debate e analisar se cada participante já as tinha desenvolvido em algum grau, é o que segue:

Influência

As pessoas com essa competência:

  • São peritas em persuasão
  • Fazem a sintonia fina das apresentações a fim de atrair quem as ouve
  • Usam estratégias complexas, como a influência indireta, para obter consenso e apoio
  • Orquestram eventos espetaculares a fim de marcar um ponto de vista

Comunicação

As pessoas com essa competência:

  • Fazem bem o toma lá dá cá, captando as dicas emocionais para adequar suas mensagens
  • Lidam de forma direta com as questões difíceis
  • Ouvem bem, buscando a compreensão mútua, e se dispõem plenamente a compartilhar informações
  • Incentivam a comunicação desimpedida e se mantêm receptivas tanto às boas quanto às más notícias

Gerenciamento de conflitos

As pessoas com essa competência:

  • Lidam com tato e diplomacia com pessoas difíceis e situações tensas
  • Identificam conflitos em potencial, trazem à tona os desacordos, e ajudam a desativar uma situação de conflito
  • Incentivam o debate e a discussão aberta
  • Orquestram soluções em que todos saem ganhando

Liderança

As pessoas com essa competência:

  • Articulam e despertam o entusiasmo por uma visão ou missão compartilhada
  • Adiantam-se para liderar quando necessário, independentemente de sua posição
  • Guiam o desempenho de outras pessoas, mantendo-as responsáveis pelo que fazem
  • Lideram dando o exemplo

Catalisador de mudanças

As pessoas com essa competência:

  • Reconhecem a necessidade de mudanças e superam as barreiras que as atravancam
  • Contestam o status quo, assumindo a necessidade de mudanças
  • Defendem as mudanças e recrutam outras pessoas para levá-las a cabo
  • Modelam as mudanças que se esperam de outras pessoas

Em seguida, utilizando a Comunicação, a Influência e o Gerenciamento de Conflitos, cada equipe tinha que escolher uma competência, e mesmo que outra equipe quisesse o mesmo tema, teria que apresentar motivação para ficar com o tema. As equipes conversaram entre si e acabaram por resolver de forma amistosa e descontraída.

Por fim, cada equipe apresentou uma situação real ou fictícia em que uma personagem utilizasse a Competência Emocional escolhida adotando sabedoria e bondade.

Autoria Equipe Pedagógica Ubuntu Vila Educacional

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