Oficina Educação em Foco “Inteligências Múltiplas – Parte 1”

Em nosso encontro do dia 29/08 iniciamos a abordagem do tema “Inteligências Múltiplas”, teoria do psicólogo Howard Gardner, em que procura analisar e descrever melhor o conceito de inteligência.

Os elementos e o todo

Assistindo ao vídeo da Orquestra de Cleveland, com trecho da música “O Fortuna”, disponível no Youtube através do link https://www.youtube.com/watch?time_continue=70&amp=&v=v2hbtjF2rDo, buscamos refletir no que sentimos, quais as percepções que o grupo teve.

A harmonia deve ser buscada pelos elementos para que o todo seja o mais perfeito possível. A presença de um maestro, que comanda e dá os sinais para os músicos, é essencial. Sem sua presença seria muito difícil essa harmonia existir. No entanto, cada um dos músicos também tem sua importância, pois se seu papel não for cumprido, o conjunto será comprometido. Cada um, então, deve colocar a sua inteligência a serviço do resultado final.

A analogia foi feita, tanto com relação ao Ser, como com relação à Humanidade.

Cada Ser precisa comandar muitos aspectos para ter uma vida equilibrada. Seus pensamentos, sentimentos, relacionamentos, profissão, interesses, talentos, características, etc.

A Humanidade é um organismo coletivo, formado pelas suas partes, atuando em um objetivo comum para a construção de um todo que é tanto mais perfeito quanto seus elementos o puderem ser em sua tarefa específica, ou pelas características de sua inteligência. Uma peça que falte ou que não cumpra seu papel, pode comprometer a totalidade.

“Sou quem sou, porque somos todos nós”! Falamos aqui da noção de fraternidade e bem comum que a filosofia Ubuntu proclama, opondo-se ao individualismo e ao ego de forma contundente.

A personalidade a serviço do todo

A presença do maestro também pode ser comparada às Leis Divinas ou Naturais, que constantemente nos solicitam atitudes e ações lúcidas. Quando às ignoramos, não somos capazes de colaborar com o bem comum, ao contrário, servimos aos interesses egoísticos. Nesse sentido, cada personalidade, com sua inteligência e suas particularidades psíquicas, biológicas, sociais e espirituais, traz à totalidade suas contribuições. Quando, como indivíduo, me melhoro, auxilio ao coletivo e alinho-me a essas leis.

Toda a personalidade, então, traz profundo compromisso consigo mesma, importantíssima missão para com a obra universal, devendo fazer o máximo esforço em identificar o que lhe cabe nesta obra, colocando, assim, sua inteligência a serviço do progresso em seus aspectos mais profundos. Cada um de nós tem sua fração de responsabilidade na construção de um mundo melhor!

Todos somos gênios

Analisando a imagem, consideramos que todos carregamos talentos e tendências diferentes e cada inteligência deve ser valorizada em sua especificidade.

A frase, popularmente atribuída a Albert Einstein, retrata muito bem isso: “Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ele vai gastar toda a sua vida acreditando que é estúpido.”

 

O que é inteligência?

O que são as Múltiplas Inteligências então? O que é ser inteligente? O que cabe a cada personalidade?

De uma forma geral, tem-se ideia errônea sobre o que seja verdadeiramente “ser inteligente”: Aquele que sabe sobre muitas coisas, aquele que lê muito, aquele que tem boas notas nas escolas, etc.

O psicólogo e pesquisador Howard Gardner, então, a partir da necessidade premente de ampliar o entendimento sobre o tema em questão, trouxe a teoria das Múltiplas Inteligências. Observando o trabalho dos considerados “gênios”, percebeu que poucos deles o são em todas as áreas, evidenciando cada um, certo tipo específico de habilidade ou inteligência.

Através dessa observação, do estudo de pessoas com lesões ou disfunções cerebrais e de técnicas de mapeamento encefálico, concluiu, a princípio, que há sete tipos de inteligência:

Lógico-matemática: é a capacidade de realizar operações numéricas e de fazer deduções.

Linguística: é a habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos.

Espacial: é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.

Físico-cinestésica: é o potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos.

Interpessoal: é a capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e consequentemente de se relacionar bem em sociedade.

Intrapessoal: é a inclinação para se conhecer e usar o entendimento de si mesmo para alcançar certos fins.

Musical: é a aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais.

Mais tarde, Gardner acrescentou os seguintes tipos de inteligência:

Natural: é a capacidade de reconhecer e classificar espécies da natureza.

Existencial: é a capacidade de refletir sobre questões fundamentais da vida humana.

Uma proposta de educação profunda considera os múltiplos aspectos da inteligência, os múltiplos talentos, as múltiplas capacidades, tendo em mente que o ser, comumente, tem maior aptidão para uma ou algumas delas. Assim, cada elemento poderá oferecer seus talentos e ser valorizado no que de melhor pode dar para o bem de todos!

Autoria Equipe Pedagógica Ubuntu Vila Educacional

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